Produção de embalagens sustentáveis para sementes com biopolímeros à base de amido de milho e mandioca

Abstract

Este trabalho tem como objetivo criar um biopolímero para embalagens de sementes com o uso do amido de milho e do polvilho (a partir de uma receita base), substituindo o alumínio e o plástico comum das embalagens atuais para garantir maior sustentabilidade e ainda uma fertilização do solo no processo de crescimento da planta que será gerada a partir da semente comercializada. A produção de biopolímero visa diminuir a poluição causada pelo acúmulo de lixo e evitar o uso de petróleo na produção de plásticos, já que ele é muito poluente. Há diferentes tipos de biopolímeros já existentes, com inúmeras vantagens e desvantagens, mas que são muito melhores ecologicamente que o plástico e o alumínio convencionais, cujos impactos ambientais são muito graves e requerem atenção da sociedade. Como metodologia, foram feitos testes que analisaram a decomposição e fertilização (incluindo análise de biomassa seca e microbiota do solo), bem como modificações na receita base para melhorar a qualidade final do biopolímero, que tem o intuito de ser destinado a embalagens de semente. Foi notado que o biopolímero pode ter certo grau de fertilização já que durante o teste de fertilização realizado, as plantas que nasceram nas amostras de terra com biopolímero apresentaram o maior caule, além de uma maior diversidade de bactérias que podem ser as responsáveis pela degradação. A degradação de 2g do plástico produzido foi completa em 48 dias, sendo muito mais rápida que de demais plásticos do mercado. Contudo, foi notado que o biopolímero não pode ser usado para a finalidade da embalagem de sementes por liberar água (que pode apodrecer a semente) e não possuir grande durabilidade, como é pedido na legislação, porém, foi observado que ele pode possuir outras utilizações como um revestimento a mais para alguns materiais e superfícies.

This work aims to create a biopolymer for seed packaging using corn starch and tapioca starch (from a base recipe), replacing the aluminum and common plastic of current packaging to ensure greater sustainability and also fertilize the soil during the growth process of the plant that will be generated from the commercially sold seed. The production of biopolymer aims to reduce pollution caused by the accumulation of waste and avoid the use of petroleum in the production of plastics, since it is very polluting. There are different types of biopolymers already in existence, with numerous advantages and disadvantages, but which are much better ecologically than conventional plastic and aluminum, whose environmental impacts are very serious and require attention from society. As a methodology, tests were carried out that analyzed decomposition and fertilization (including analysis of dry biomass and soil microbiota), as well as modifications to the base recipe to improve the final quality of the biopolymer, which is intended to be used for seed packaging. It was noted that the biopolymer may have a certain degree of fertilization, since during the fertilization test, the plants that sprouted in soil samples with biopolymer showed the largest stem, as well as a greater diversity of bacteria that may be responsible for degradation. The degradation of 2g of the produced plastic was complete in 48 days, much faster than other plastics on the market. However, it was noted that the biopolymer cannot be used for the purpose of seed packaging because it releases water (which can rot the seed) and does not have the high durability required by law. However, it was observed that it may have other uses, such as an additional coating for some materials and surfaces.