Educação financeira: a importância da educação financeira nas escolas públicas

Abstract

A educação financeira tem se tornado um tema cada vez mais discutido em diferentes contextos da sociedade contemporânea, especialmente diante dos crescentes índices de endividamento das famílias brasileiras. Em um país marcado por desigualdade socioeconômica e por uma cultura de consumo impulsivo, a ausência de conhecimento financeiro básico impacta diretamente a qualidade de vida da população. A escola, como principal instituição de formação humana e social, desempenha papel crucial na transformação dessa realidade, sendo um ambiente estratégico para o desenvolvimento de competências voltadas à cidadania financeira. A relevância deste tema se intensifica quando consideramos que grande parte dos adultos brasileiros desconhece práticas fundamentais de planejamento financeiro, como poupar, controlar gastos e tomar decisões de crédito conscientes. Essa lacuna se perpetua de geração em geração, contribuindo para a manutenção de ciclo vicioso de consumo irresponsável, inadimplência e exclusão financeira. Nesse contexto, a educação financeira se apresenta como uma ferramenta poderosa para promover a autonomia, a responsabilidade e a sustentabilidade econômica, desde os primeiros anos da vida escolar. Este trabalho tem como foco a análise da importância da educação financeira nas escolas públicas, especialmente no ensino fundamental. A escolha desse nível de ensino se justifica pelo seu papel formativo nos valores e hábitos dos indivíduos. A proposta é investigar de que maneira a introdução sistematizada desse conhecimento pode contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, capazes de gerir seus recursos de forma estratégica, prevenindo o endividamento e promovendo o bem-estar social. A educação financeira, portanto, transcende os números e se estabelece como um direito fundamental para o exercício pleno da cidadania.

Financial education has become an increasingly discussed topic in different contexts of contemporary society, especially in view of the growing debt rates of Brazilian families. In a country marked by socioeconomic inequality and a culture of impulsive consumption, the lack of basic financial knowledge directly impacts the population's quality of life. Schools, as the main institution for human and social development, play a crucial role in transforming this reality, being a strategic environment for the development of skills aimed at financial citizenship. The relevance of this topic intensifies when we consider that a large part of Brazilian adults are unaware of fundamental financial planning practices, such as saving, controlling expenses and making conscious credit decisions. This gap is perpetuated from generation to generation, contributing to the maintenance of a vicious cycle of irresponsible consumption, default and financial exclusion. In this context, financial education presents itself as a powerful tool to promote autonomy, responsibility and economic sustainability, from the first years of school life. This work focuses on analyzing the importance of financial education in public schools, especially in elementary school. The choice of this level of education is justified by its formative role in the values and habits of individuals. The proposal is to investigate how the systematic introduction of this knowledge can contribute to the formation of more aware citizens, capable of managing their resources strategically, preventing debt and promoting social well being. Financial education, therefore, transcends numbers and establishes itself as a fundamental right for the full exercise of citizenship.