Perfil de uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no tratamento de doenças respiratórias

Abstract

No Brasil país de clima tropical, é difícil manter o controle de doenças respiratórias, como gripe, resfriado, bronquite, uma vez que a constante mudança de clima é propícia para o número de casos, que acomete um grande percentual da população, independentemente de sua faixa etária. O uso excessivo de medicamentos para tratamento de doenças respiratórias, além de seu alto custo, também acende um alerta sobre efeitos colaterais, devido ao uso contínuo, partindo desse pensamento, onde os medicamentos mais utilizados, seriam os antibióticos, broncodilatadores, antitussígenos e corticoides, cresce a busca por tratamentos com bases naturais. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar o uso de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de doenças respiratórias, para concluir esse objetivo foi realizado uma revisão bibliográfica, em artigos comprovando a eficiência e eficácia desses produtos, conhecendo também sobre seus riscos e benefícios. No decorrer desse processo foi realizado uma pesquisa de campo com a população no formato online, para complementar os dados, obtendo se 142 respostas da população em geral, demonstrando que cerca de 80 % dos entrevistados responderam que tinham conhecimento sobre plantas medicinais no uso de doenças respiratórias, no entanto 44% declararam que esse conhecimento era de origem familiar, confirmando a informação onde, 58% dos entrevistados tinha idade entre 30 a 60 anos, ainda justificando que 53% faziam uso por acreditar que por ser de origem natural não é prejudicial a saúde, mostrando uma falha no conhecimento sobre as toxinas e possíveis interações das plantas e fitoterápicos; foram apresentadas também as plantas mais conhecidas: hortelã a mais conhecida segundo as respostas ,seguindo assim o alho, guaco e o poejo, muitos deles relatados na literatura citada nesse trabalho com essa indicação terapêutica e estudos de eficácia e toxicidade, porém a forma de preparo pode ser contraditória, pois muitos responderam que utilizam em forma de chá, e as plantas apresentam formas diferentes de preparação, o que pode influenciar no seu efeito, quanto ao local onde as pessoas encontram as plantas, em maioria no próprio quintal atingindo 39% dos resultados, dificultando a orientação de uso. Já sobre os fitoterápicos os números dos que fazem seu uso foi menor relacionado as plantas, atingindo 30% das respostas, porém a indicação de uso predominante ainda é familiar. Concluindo que grande parte da população faz uso, ou conhece alguém que o faça, esse conhecimento tem origem na medicina popular, passado de geração em geração, há uma carência no conhecimento sobre as toxicidades, dosagem e interações, uma vez que a maioria, acredita que por ser natural não faz mal, observando ainda a falta de conhecimento dos profissionais da saúde, que assim não conseguem orientar de forma eficiente os usuários. A capacitação dos profissionais de saúde, aliada a uma campanha de conscientização aos usuários, se alcançaria a eficiência dessa prática.