A superpolulação carcerária e os reflexos na saúde prisional

Abstract

O sistema prisional brasileiro possuía, no ano de 2017, 726.354 pessoas privadas de liberdade em presídios federais. Com um déficit de 303.112 vagas, a falta de estrutura para o aporte de tantos indivíduos é apontada como uma das causas da atual situação de superlotação desses locais. Gerando condições, muitas vezes, insalubres e propícias à proliferação de diversas doenças infecto contagiosas, que afetam a população carcerária, como a tuberculose, a AIDS, doenças diarreicas agudas, a superpopulação dos cárceres tem raízes em fatores econômicos e sociais. Assim, além de investimentos na melhoria das condições sanitárias dos presídios brasileiros, da adoção de políticas públicas que operem a reinserção dos detentos no seio da sociedade, investimentos se fazem necessários em educação pública de qualidade, em projetos sociais que dignifiquem jovens, crianças e suas famílias, criando oportunidades de crescimento social e pessoal.

In 2017, the Brazilian prison system had 726,354 people deprived of their liberty in federal prisons. With a deficit of 303,112 vacancies, the lack of structure for the contribution of so many individuals is pointed out as one of the causes of the current situation of overcrowding in these places. Generating conditions, often unhealthy and conducive to the proliferation of various infectious diseases, which affect the prison population, such as tuberculosis, AIDS, acute diarrheal diseases, the overcrowding of prisons is rooted in economic and social factors. Thus, in addition to investments in improving the health conditions of Brazilian prisons, the adoption of public policies that operate the reinsertion of detainees within society, it is necessary to make investments in quality public education, in social projects that dignify youth, children and their families, creating opportunities for social and personal growth.