Acessibilidade e inclusão no turismo: proposta de sinalização em Libras para o Centro Educacional, Cultural e Turístico Brasital - Eng° Mário Luiz Campos de Oliveira

Abstract

Este Trabalho de Graduação investiga a acessibilidade comunicacional no Centro Educacional, Cultural e Turístico Brasital - Eng° Mário Luiz Campos de Oliveira, São Roque – SP, por meio da criação de uma sinalização digital em Libras desenvolvida especialmente para visitantes surdos. Ancorada na pesquisa-ação, a investigação integrou observação participante, grupo focal e análise documental para compreender como a presença da língua de sinais transforma a experiência turística quando o acesso à informação é respeitado em sua forma mais essencial: a língua própria do sujeito. Os resultados demonstram que a intervenção não apenas amplia a inclusão cultural, mas também fortalece vínculos identitários, gera pertencimento e apresenta um modelo real, possível e replicável de acessibilidade em espaços culturais, evidenciando que tecnologia e patrimônio podem caminhar de maneira articulada. Espera-se que esta pesquisa estimule gestores, instituições públicas e profissionais do turismo a reconhecerem que o acesso pleno à informação, na língua do visitante, constitui condição essencial para o turismo acessível. Mais do que um protótipo, este trabalho se apresenta como uma proposta de avanço: fortalecer práticas que tornem espaços culturais mais democráticos, assegurando que diferentes corpos, trajetórias e línguas possam, de fato, participar e pertencer.

This Graduation Project investigates communicational accessibility at the Brasital Educational, Cultural, and Tourist Center - Eng° Mário Luiz Campos de Oliveira, São Roque – SP, through the creation of digital signage in Brazilian Sign Language (Libras) developed specifically for deaf visitors. Based on action research, the study integrated participant observation, a focus group and document analysis to understand how the presence of sign language reshapes the tourist experience when access to information is provided in the visitor’s own language. The results indicate that the intervention not only expands cultural inclusion but also strengthens identity bonds, fosters a sense of belonging and presents a feasible and replicable model of accessibility for cultural spaces, demonstrating that technology and heritage can be effectively integrated. It is expected that this research will encourage cultural managers, public institutions and tourism professionals to recognize full access to information—in the visitor’s primary language—as an essential condition for accessible tourism. More than a prototype, this project is presented as a step forward, contributing to practices that promote more democratic cultural environments in which different bodies, histories and languages can genuinely participate and belong.