Promovendo a saúde mental no ambiente hospitalar: a atuação do RH na gestão de conflitos e riscos psicossociais

Abstract

Este estudo investiga a atuação do setor de Recursos Humanos na promoção da saúde mental dos colaboradores em ambientes hospitalares, com foco na gestão de conflitos e na redução de riscos psicossociais. A pesquisa, realizada com profissionais de saúde, revelou que a sobrecarga de trabalho e a ausência de políticas eficazes de saúde mental impactam negativamente o bem-estar desses trabalhadores. A metodologia quantitativa, baseada em questionários, indicou que 81,5% dos participantes percebem uma relação direta entre a carga excessiva de trabalho e comprometimento da saúde mental. Além disso, 51,9% manifestaram insatisfação com a atuação do setor de RH na mediação de conflitos, e 70,3% afirmaram que não existem programas estruturados de promoção da saúde mental na instituição. Esses resultados evidenciam uma lacuna entre a existência de diretrizes institucionais e sua efetiva implementação. A pesquisa conclui que é urgente a criação de programas contínuos de saúde mental, a capacitação de gestores e o estabelecimento de canais de escuta e apoio psicológico, conforme previsto na Norma Regulamentadora NR-01. A pesquisa reforça a necessidade de integrar práticas voltadas à saúde mental nas estratégias de gestão de pessoas, visando melhorar a qualidade de vida no ambiente hospitalar e promover um local de trabalho mais seguro e acolhedor para os profissionais da área da saúde.

This study investigates the role of the Human Resources department in promoting the mental health of employees in hospital environments, with a focus on conflict management and the reduction of psychosocial risks. The research, conducted with healthcare professionals, revealed that work overload and the lack of effective mental health policies negatively affect the well-being of these workers. Using a quantitative methodology based on questionnaires, the study found that 81.5% of participants perceive a direct relationship between excessive workload and compromised mental health. Additionally, 51.9% expressed dissatisfaction with the HR department’s role in conflict mediation, and 70.3% stated that there are no structured mental health promotion programs in place at their institution. These results highlight a gap between the existence of institutional guidelines and their effective implementation. The study concludes that there is an urgent need to establish continuous mental health programs, train managers, and create channels for psychological support and active listening, as outlined in Regulatory Standard NR-01. The findings reinforce the need to integrate mental health practices into human resource management strategies to improve quality of life in hospital settings and foster a safer and more supportive work environment for healthcare professionals.