Estudo do uso de equipamento de proteção individual na aplicação de agroquímicos

Abstract

Os agroquímicos são necessários no calendário agrícola, desde o tratamento de sementes até as aplicações na pré-colheita, porém os agroquímicos são prejudiciais a saúde humana, e não há como alterar a toxicidade destes produtos, sendo necessário o uso de equipamentos de proteção individual para evitar a contaminação dos trabalhadores nas aplicações dos agroquímicos. Existem leis trabalhistas que obrigam os empregadores a fornecer os EPI’s aos trabalhadores, além de treiná-los quanto à utilização da forma correta e orientá-los quanto aos riscos que os agroquímicos oferecem à saúde. Um estudo desenvolvido em parceria pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Caxias do Sul (UCS) comprovou que a exposição aos agrotóxicos pode causar alterações no DNA. Entre 2011 e 2013, 10% das propriedades agrícolas brasileiras fiscalizadas foram penalizadas por irregularidades no uso de agroquímicos. Conforme pesquisa da UNICAMP (1995) apenas 38,6% dos trabalhadores utilizavam EPI completo nas aplicações de agroquímicos e em 2007 esse número aumentou para 70,2%. Pesquisa feita em uma fazenda da região sul de Goiás mostrou que na operação de tratamento de sementes, 100% dos trabalhadores utilizavam conjuntos de EPI incompleto. O trabalhador treinado aliado a uma boa política de segurança quanto ao uso correto dos EPS, são medidas importantes para diminuir os riscos de exposição a agroquímicos e garantir a proteção à saúde do trabalhador.