Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde com ênfase em perfurocortantes: Análise das circunstâncias dos acidentes de trabalho com perfurocortantes envolvendo os profissionais da área de enfermagem

Abstract

Este trabalho tem como tema principal os acidentes de trabalho com perfurocortantes na área da enfermagem, que ao longo das pesquisas realizadas apontam como um dos maiores problemas nas instituições hospitalares, uma vez que as exposições e o contato direto com os materiais perfurocortantes são os maiores responsáveis pela causa de acidentes e transmissão ocupacional de infecções sanguíneas para os profissionais da área da saúde. Os hospitais são locais complexos, onde se realizam cuidados de saúde a um grande número de pessoas, tendo como resultado a existência de riscos potenciais aos quais os trabalhadores podem estar expostos durante seu turno de trabalho. Durantes as pesquisas, percebeu-se que a equipe de enfermagem é que sofre o maior número de acidentes com perfurocortantes. Entretanto, segundo dados de vigilância agregados do National Suryeillance System for Health Care Workers (NaSH), que são usados para fornecer uma descrição geral da epidemiologia das exposições percutâneas, os outros trabalhadores que prestam assistência aos pacientes como médicos, pessoal de laboratórios e trabalhadores de equipes de suporte (por exemplo, trabalhadores de serviços de higienização/limpeza) também estão sujeitos a este risco. Entre as doenças ocasionadas pelo acidente com perfurocortantes o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HBC) e o vírus da AIDS (HIV) são os patógenos mais comumente transmitidos durante as atividades de assistência ao paciente. Os efeitos na vida de quem sofre o acidente de trabalho por perfurocortantes são grandes, gerando medo e angustia mesmo que não haja contaminação de doenças graves. Identificou-se que os profissionais de saúde enfrentam vários riscos nos seus estabelecimentos de trabalho e muitos desses riscos são ignorados e pouco é feito para que não se repitam. Apesar da complexidade deste trabalho sobre o tema abordado, conclui-se que, com treinamentos específicos, conscientização dos profissionais de saúde e fiscalizações realizadas pelos setores e órgãos competentes ocorrerá à prevenção.