Jardim sensorial: implementação da inclusividade socioambiental

Abstract

Os jardins sensoriais surgiram na Inglaterra na década de 1970 a partir da terapia horticultural e são espaços projetados para estimular os cinco sentidos humanos (visão, audição, olfato, paladar e tato), promovendo inclusão, especialmente de pessoas com deficiências, e maior contato com a natureza. O projeto consistiu na construção de um jardim sensorial no pátio da ETEC Dr. Luiz César Couto, em Quatá-SP. As etapas envolveram escolha e demarcação do local, elaboração de maquete, capinagem, montagem de estrutura com bambu (colunas, teto e bancadas elevadas), instalação de sombrite 70%, cercamento e plantio de espécies específicas. Foram utilizadas plantas como petúnia, girassol e cróton (visão); morango-silvestre, hortelã e tomate-cereja (paladar); alecrim e ervadoce (olfato); babosa e violeta-africana (tato), além de elementos que favorecem a audição pelo movimento das folhas. A estrutura priorizou materiais sustentáveis (bambu e pneus reaproveitados) e acessibilidade universal. Os resultados revelaram um espaço funcional, inclusivo e pedagógico que estimula os sentidos, reforça a educação ambiental e promove convivência e respeito à diversidade humana e à natureza. O jardim consolidou-se como ferramenta interdisciplinar de aprendizado prático e conscientização socioambiental no ambiente escolar

Sensory gardens emerged in England in the 1970s from horticultural therapy and are spaces designed to stimulate the five human senses (sight, hearing, smell, taste, and touch), promoting inclusion – especially for people with disabilities – and greater contact with nature. The project consisted of building a sensory garden in the courtyard of ETEC Dr. Luiz César Couto, in Quatá-SP, Brazil. The steps included site selection and demarcation, model construction, weeding, assembly of a bamboo structure (support columns, roof, and raised beds), installation of 70% shade cloth, fencing, and planting of specific species. Plants used included petunia, sunflower, and croton (sight); wild strawberry, mint, and cherry tomato (taste); rosemary and fennel (smell); aloe vera and African violet (touch), in addition to elements that favor hearing through leaf movement.The structure prioritized sustainable materials (bamboo and reused tires) and universal accessibility. The results revealed a functional, inclusive, and pedagogical space that stimulates the senses, strengthens environmental education, and promotes coexistence and respect for human diversity and nature. The garden has established itself as an interdisciplinary tool for practical learning and socio-environmental awareness in the school environment.