Reeducação alimentar para crianças de 4 a 8 anos com seletividade alimentar

Abstract

Este trabalho aborda a seletividade alimentar em crianças de 4 a 8 anos, caracterizada pela recusa ou resistência a determinados alimentos, frequentemente relacionada a fatores sensoriais como sabor, textura e aparência. A seletividade pode resultar em baixa diversidade alimentar, deficiências nutricionais, comprometimento no crescimento e desenvolvimento, além do risco aumentado para doenças crônicas não transmissíveis, especialmente devido ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. O objetivo geral foi propor estratégias para melhorar os hábitos alimentares dessas crianças, por meio da elaboração de um cardápio semanal que auxilie pais e responsáveis na introdução de alimentos saudáveis. A metodologia incluiu pesquisa bibliográfica, aplicação de um formulário a 22 pais de crianças seletivas e o desenvolvimento de um calendário alimentar interativo, com QR Code direcionando a receitas práticas e nutritivas. Os resultados indicaram que alimentos como espinafre, berinjela e brócolis são os mais recusados, principalmente devido ao sabor. Além disso, constatou-se que a falta de tempo e o hábito alimentar familiar são as principais barreiras para a introdução de novos alimentos. A conclusão destaca a importância da participação da família na formação de hábitos alimentares saudáveis e a necessidade de estratégias práticas, como o planejamento de refeições e o acompanhamento profissional, para favorecer a reeducação alimentar e prevenir problemas de saúde a longo prazo.

This study addresses food selectivity in children aged 4 to 8, characterized by refusal or resistance to certain foods, often related to sensory factors such as taste, texture, and appearance. Selectivity can result in low dietary diversity, nutritional deficiencies, impaired growth and development, as well as an increased risk of non-communicable chronic diseases, especially due to the excessive consumption of ultra-processed foods. The main goal was to propose strategies to improve the eating habits of these children through the creation of a weekly menu to help parents and caregivers introduce healthy foods. The methodology included a literature review, the application of a questionnaire to 22 parents of selective children, and the development of an interactive food calendar with a QR Code directing to practical and nutritious recipes. The results indicated that foods such as spinach, eggplant, and broccoli are the most rejected, mainly due to their taste. In addition, it was found that lack of time and family eating habits are the main barriers to introducing new foods. The conclusion highlights the importance of family involvement in forming healthy eating habits and the need for practical strategies, such as meal planning and professional guidance, to promote dietary reeducation and prevent long-term health problems.