Custos de alimentos ultraprocessados e in natura: e o impacto na saúde humana

Abstract

RESUMO: Introdução: Paralelamente, observa-se um fenômeno preocupante: os alimentos ultraprocessados têm se tornado cada vez mais baratos e amplamente disponíveis, em contraste com os alimentos frescos, tradicionais e locais. Essa tendência tem acentuado desigualdades no acesso à alimentação de qualidade, especialmente entre diferentes grupos socioeconômicos (FIAN REPORT, 2022 apud NELSON, 2021). A literatura científica já apresenta ampla e crescente evidência sobre os impactos negativos dos alimentos ultraprocessados na saúde, com associações comprovadas a doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão e até demência (SUKSATAN W. et al., 2021 apud NILSON, 2022). Objetivo: Comparar os custos de alimentos ultraprocessados com os alimentos in natura ou minimamente processados baseando-se no cardápio com 4 refeições e analisar os impactos na saúde. Materiais e Métodos: Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa, descritiva e comparativa, com abordagem aplicada, cujo objetivo é comparar os custos entre refeições compostas por alimentos in natura/minimamente processados e alimentos ultraprocessados. A população-alvo compreende adultos, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 50 anos, considerando um padrão alimentar composto por quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Resultados: Os resultados indicam que, embora os alimentos ultraprocessados apresentem um custo monetário inferior em comparação aos alimentos in natura ou minimamente processados, seu consumo contínuo está associado a impactos negativos significativos à saúde, especialmente em relação ao desenvolvimento de doenças crônicas a longo prazo.

Introduction: Meanwhile, a concerning phenomenon is observed: ultra-processed foods have become cheaper and cheaper, in contrast to fresh, traditional, and local foods. This trend has accentuated inequalities in access to quality food, especially among different socioeconomic groups (FIAN REPORT, 2022 apud NELSON, 2021). The scientific literature already presents broad and growing evidence of the negative impacts of ultra-processed foods on health, with proven associations to non-communicable chronic diseases such as obesity, diabetes, cardiovascular diseases, depression, and even dementia (SUKSATAN W. et al., 2021 apud NILSON, 2022). Objective: To compare the costs of ultra-processed foods with fresh or minimally processed foods based on a four-meal menu and analyze the impacts on health. Materials and Methods: This study is characterized as a quantitative, descriptive, and comparative research, with an applied approach, aiming to compare the costs between meals composed of fresh/minimally processed foods and ultra-processed foods. The target population consists of adults of both genders, aged between 18 and 50 years, based on a dietary pattern consisting of four daily meals: breakfast, lunch, afternoon snack, and dinner. Results: The results indicate that, although ultra-processed foods have a lower monetary cost compared to fresh or minimally processed foods, their regular consumption is associated with significant negative effects on health, particularly regarding the long-term onset of chronic diseases.