Ética ambiental: um olhar aprofundado sobre a atuação do gestor ambiental

Abstract

A Ética, como campo da Filosofia, reflete sobre a maneira como o indivíduo se comporta em seu ambiente social. Ela demonstra ao homem que ele deve ser crítico e responsável por suas ações e, também, que o ser humano tem a capacidade de definir o que é justo e injusto, moral e imoral. Já a ética ambiental visa caracterizar como o homem se relaciona com o meio ambiente, intuindo ao indivíduo que suas relações com a natureza devem ser mais harmoniosas, dadas as consequências desarmônicas naturais advindas. Desde a década de 60, problemas ambientais diminuíram a qualidade de vida humana. Órgãos sócio-políticos, precursores dos órgãos ambientais, começaram a perceber a intrínseca relação entre meio ambiente e saúde, dando mais atenção aos problemas ditos ambientais. Pensar eticamente sobre as questões ambientais tornou-se uma ação necessária e não mais apenas filosófica. A Ética Ambiental, como área de estudos, surgiu na década de 1970 como consequência da conscientização de que há valor em elementos não humanos da Biosfera. O surgimento da ética ambiental salienta um contraste em relação ao antropocentrismo adotado pelo mundo ocidental por séculos, a partir da visão judaico-cristã, que vê o Homo sapiens do sexo masculino como legitimo proprietário e benefici- ário de todos os seres vivos e do mundo físico da Terra, incluindo as mulheres, os animais e as plantas. Pretende-se neste trabalho compreender e analisar as principais correntes teóricas que compõem a Ética Ambiental e sua importância para a formação do Gestor Ambiental. Ademais, tenciona-se constatar como a ética ambiental pode influenciar a tomada de decisão profissional, com base em suas análises a partir de casos fictícios e concretos. Espera-se evidenciar como é a visão objetiva do Gestor Ambiental pensando-se na resolução dos problemas decorrentes de práticas humanas e a forma com que exprimi suas ideias sobre o meio ambiente em suas rela- ções profissionais.

Ethics, as a field of Philosophy, reflects on the way in which individuals behave in their social environment. It demonstrates to man that he must be critical and responsible for his actions and, also, that human beings have the ability to define what is fair and unfair, moral and immoral. Environmental Ethics, on the other hand, aims to characterize how man relates to the environment, intuiting to the individual that his relationships with nature must be more harmonious, given the disharmonious natural consequences that arise. Since the 1960s, environmental problems have reduced the quality of human life. Socio-political bodies, precursors of environmental bodies, began to realize the intrinsic relationship between the environment and health, paying more attention to so-called environmental problems. Thinking ethically about environmental issues has become a necessary action and no longer just a philosophical one. Environmental ethics, as an area of study, emerged in the 1970s as a consequence of the awareness that there is value in non-human elements of the Biosphere. The emergence of environmental ethics highlights a contrast in relation to the anthropocentrism adopted by the Western world for centuries, based on the Judeo-Christian vision, which sees male Homo sapiens as the legitimate owner and beneficiary of all living beings and the world. physique of the Earth, including women, animals and plants. The aim of this work is to understand and analyze the main theoretical currents that make up Environmental Ethics and their importance for the training of Environmental Managers. Furthermore, it is intended to verify how Environmental Ethics can influence professional decision-making, based on its analyzes based on fictitious and concrete cases. It is expected to demonstrate the objective vision of the Environmental Manager when thinking about resolving problems arising from human practices and the way in which he expresses his ideas about the environment in his professional relationships.