Anticoncepção de emergência: um estudo sobre o uso da pílula do dia seguinte

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo analisar o nível de conhecimento e o padrão de uso da pílula do dia seguinte entre mulheres em idade reprodutiva, considerando os riscos, benefícios e a importância da orientação profissional no uso desse contraceptivo de emergência. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, com base em pesquisa bibliográfica e levantamento de dados por meio de formulário eletrônico, aplicado a 134 participantes da cidade de Dracena e região. Os resultados indicaram que, embora a maioria das respondentes conheça e já tenha utilizado o levonorgestrel, muitas desconhecem seus efeitos colaterais e limitações, revelando uma utilização por vezes inadequada. Verificou-se que 70% das participantes são a favor do uso da pílula como método emergencial, enquanto 66,9% não a recomendariam como método regular, citando fatores como efeitos adversos, crenças religiosas e desconhecimento. Os dados evidenciam a necessidade de intensificação de ações educativas e da atuação efetiva do farmacêutico e de outros profissionais da saúde, garantindo informações seguras e contribuindo para o uso racional do medicamento. Conclui-se que o acesso facilitado ao contraceptivo de emergência deve vir acompanhado de educação em saúde para prevenir riscos à saúde reprodutiva da mulher.

This study aimed to analyze the level of knowledge and usage patterns of emergency contraception (the morning-after pill) among women of reproductive age, considering its risks, benefits, and the importance of professional guidance for safe use. This is a qualitative study based on bibliographic research and data collection through an online questionnaire, applied to 134 participants from the city of Dracena and surrounding areas. Results indicated that although most respondents are familiar with and have used levonorgestrel, many are unaware of its side effects and limitations, often resulting in inappropriate usage. It was found that 70% of participants support the use of the pill as an emergency method, while 66.9% would not recommend it for regular contraception, citing factors such as adverse effects, religious beliefs, and lack of information. The data highlight the need to strengthen educational actions and the role of pharmacists and other health professionals in providing safe and accurate information, contributing to the rational use of medication. It is concluded that the easy access to emergency contraception must be accompanied by health education to prevent potential risks to women’s reproductive health.