Estudo de caso: comparativo branco óptico com temperatura e sem temperatura em processo por esgotamento em peças confeccionadas

Abstract

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo principal comparar a eficácia e viabilidade de diferentes processos de branqueamento óptico por esgotamento em peças confeccionadas, contrastando o método tradicional a 90°C com alternativas que empregam temperaturas mais baixas (60°C, a frio) e um processo de oxidação-redução. A metodologia da pesquisa envolveu a utilização de dois substratos têxteis — um tecido 100% algodão e uma mistura de algodão, poliéster e elastano — submetidos aos quatro diferentes regimes de lavagem. Os ensaios foram padronizados e as amostras foram avaliadas por meio de análises espectrofotométricas para o grau de brancura (sistema CIE Lab* e ΔE), testes de resistência à tração, de esgarçamento de costura e de alongamento e retorno, seguindo normas técnicas como ABNT NBR 11912/2016, NBR 9925/2009 e ASTM D3107. Os resultados demonstraram que os processos a 60°C e de Oxidação-Redução atingiram graus de brancura e luminosidade comparáveis ao padrão de 90°C, sendo o processo a frio reprovado devido a uma tonalidade arroxeada. Notavelmente, o processo de Oxidação-Redução destacou-se pela eficiência econômica e ambiental, com o menor consumo de químicos, 78,1% menos água e 53,14% menos tempo de processo, operando a temperatura ambiente. Em relação às propriedades mecânicas, o algodão 100% sofreu queda acentuada na resistência à tração a 90°C, sendo os processos de menor temperatura mais favoráveis; o tecido misto apresentou alta elasticidade, com o processo a 90°C excedendo a tolerância máxima de alongamento, mas o processo de Oxidação-Redução causou maior esgarçamento de costura no urdume do tecido misto. Concluiu-se que processos alternativos são viáveis e podem oferecer vantagens significativas em termos de sustentabilidade e preservação das propriedades mecânicas do tecido, embora o processo a frio necessite de otimização e o de oxidação-redução exija controle rigoroso para certas composições de tecido.

This graduation work aimed to compare the effectiveness and feasibility of different optical whitening processes by exhaustion in manufactured garments, contrasting the traditional 90°C method with alternatives employing lower temperatures (60°C, cold) and an oxidation-reduction process. The research methodology involved the use of two textile substrates—a 100% cotton fabric and a blend of cotton, polyester, and elastane—submitted to four different washing regimes. The tests were standardized, and samples were evaluated through spectrophotometric analyses for whiteness and luminosity (CIE Lab* system and ΔE), tensile strength tests, seam slippage, and elongation and recovery, following technical standards such as ABNT NBR 11912/2016, NBR 9925/2009, and ASTM D3107. The results showed that the 60°C and Oxidation-Reduction processes achieved whiteness and luminosity levels comparable to the 90°C standard, while the cold process was rejected due to a reddish-purple hue. Notably, the Oxidation-Reduction process stood out for its economic and environmental efficiency, with the lowest chemical consumption, 78.1% less water, and 53.14% less processing time, operating at ambient temperature. Regarding mechanical properties, 100% cotton suffered a sharp drop in tensile strength at 90°C, with lower-temperature processes being more favorable; the blended fabric showed high elasticity, with the 90°C process exceeding the maximum elongation tolerance, but the Oxidation-Reduction process caused greater seam slippage in the warp of the blended fabric. It was concluded that alternative processes are viable and can offer significant advantages in terms of sustainability and preservation of mechanical properties, although the cold process requires optimization and the oxidation-reduction process demands strict control for certain fabric compositions