Qualidade de vida no ramo supermercadista: um estudo de caso sobre os impactos da escala 6x1

Abstract

Adotar longas e exaustivas jornadas de trabalho é comum em supermercados, pois visam ampliar seu horário de atendimento para conseguirem mais clientes. Este estudo teve como objetivo analisar os impactos da escala 6x1 na qualidade de vida dos trabalhadores do setor supermercadista. Partindo da análise da qualidade de vida no trabalho e do papel estratégico dos Recursos Humanos, o estudo aborda como a escala 6x1 afeta a saúde física, mental e social dos colaboradores. Utilizou-se uma metodologia qualitativa e descritiva, com pesquisa bibliográfica em artigos, livros e publicações científicas, além de pesquisa de campo com profissionais de uma rede de supermercados em Franca e região. Os resultados apontam que a jornada 6x1 compromete o bem-estar dos trabalhadores, favorecendo o surgimento de doenças físicas e emocionais. Foi evidenciado também que o desequilíbrio entre vida profissional e pessoal gera insatisfação e alta rotatividade. O estudo sugere alternativas, como escalas mais flexíveis e programas de qualidade de vida no trabalho que podem minimizar os efeitos negativos e favorecer um ambiente organizacional mais saudável e produtivo.

Adopting long and exhausting working hours is common in supermarkets, as they aim to extend their opening hours to attract more customers. This study aimed to analyze the impacts of the 6x1 work schedule on the quality of life of workers in the supermarket sector. Based on the analysis of quality of work life and the strategic role of Human Resources, the study examines how the 6x1 schedule affects employees' physical, mental, and social health. A qualitative and descriptive methodology was used, involving a bibliographic review of articles, books, and scientific publications, as well as field research with professionals from a supermarket chain in Franca/SP. The results indicate that the 6x1 work schedule compromises workers' well-being, contributing to the emergence of physical and emotional illnesses. It was also found that the imbalance between professional and personal life leads to dissatisfaction and high turnover rates. The study suggests alternatives such as more flexible work schedules and quality of work life programs, which can help minimize negative effects and promote a healthier and more productive organizational environment.