Protecionismo internacional: um dilema para o Brasil

Abstract

O Brasil tem sofrido ao longo dos últimos anos sérios problemas no âmbito do comércio internacional à medida em que suas exportações vem aumentando gradativamente, principalmente por oferecer produtos de boa qualidade por um preço muito competitivo, tornando-os atraentes sob o ponto de vista econômico para outros países. Países como Estados Unidos, França, Japão, Canadá, para quem o Brasil tem exportado seus produtos vem implementando diversas formas de protecionismo através de sobretaxas para, senão impedir, ao menos diminuir drasticamente a entrada desses produtos em seu mercado, alegando uma concorrência a sua indústria local que seria desleal, devido ao menor custo do produto brasileiro. Mas o que realmente tem dificultado a vida dos exportadores brasileiros são lobbyes de grandes grupos, como produtores de aço americanos que, apoiando governos em suas campanhas políticas (por exemplo, financiando os custos de sua campanha eleitoral), agora fazem uma grande pressão para barrar ou restringir certos produtos por considerá-los uma ameaça a seus negócios, cobrando por isso proteção ao seu mercado, alegando aqui uma “retribuição” ao apoio dado quando necessário. Portanto, ao analisarmos as principais formas de protecionismo de mercado praticadas por esses países, veremos quais os principais produtos e em quais setores o Brasil vem sendo prejudicado, tanto do ponto de vista político quanto do ponto de vista econômico.