Uso de PREP e PEP na profilaxia do HIV

Abstract

Os progressos na ciência e tecnologia têm sido cruciais no enfrentamento do HIV, sendo a detecção precoce da sorologia positiva um fator determinante para a melhoria da expectativa de vida dos pacientes. Embora o tratamento antirretroviral esteja acessível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2011 e 2022, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). As políticas públicas voltadas à Profilaxia Pós-Exposição (PEP) são essenciais para assegurar a eficácia do programa e o acesso universal aos serviços de saúde, visando não apenas prevenir infecções por HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, mas também fortalecer a saúde pública. A PEP está disponível no SUS desde 1999, inicialmente restrita a acidentes ocupacionais, e, desde 2010, ampliou-se para incluir situações de risco sexual. A eficácia da PEP foi sustentada por estudos em modelos animais e análises envolvendo profissionais de saúde expostos acidentalmente ao vírus, evidenciando assim a relevância das intervenções políticas na saúde coletiva.

Progress in science and technology has been crucial in combating HIV, with early detection of positive serology being a determining factor in improving patients’ life expectancy. Although antiretroviral treatment is accessible through the Unified Health System (SUS), between 2011 and 2022, more than 52 thousand young people aged 15 to 24 developed acquired immunodeficiency syndrome (AIDS). Public policies aimed at Post-Exposure Prophylaxis (PEP) are essential to ensure the effectiveness of the program and universal access to health services, aiming not only to prevent HIV infections and other sexually transmitted diseases, but also to strengthen public health. PEP has been available in the SUS since 1999, initially restricted to occupational accidents, and, since 2010, it has been expanded to include situations of sexual risk. The effectiveness of PEP was supported by studies in animal models and analyzes involving health professionals accidentally exposed to the virus, thus highlighting the relevance of political interventions in public health.