Produção de petisco sustentável para cães

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver uma ração sustentável para cães, utilizando subprodutos vegetais, como cascas de frutas e vegetais, combinados com proteínas de fígado bovino e de galinha. A proposta visa alinhar a nutrição animal às práticas de sustentabilidade, reduzindo o desperdício alimentar e o impacto ambiental. A pesquisa foi conduzida por meio de uma abordagem quantitativa, com experimentos realizados com cinco cães, e análise da aceitação e reações físicas ao consumo de petiscos formulados com ingredientes reaproveitados. Os resultados indicaram alta aceitação do petisco pelos cães, com 83,3% consumindo imediatamente. Não foram observadas alterações negativas no comportamento, nas fezes ou no hálito dos animais, demonstrando a viabilidade e segurança do produto. A formulação apresentou um equilíbrio nutricional, com proteínas (204 g), gorduras (65 g), carboidratos (132 g) e fibras (18 g), promovendo a saúde e o bem-estar dos cães. Além disso, o uso de conservantes naturais, como vitamina C, destacou-se como alternativa segura e eficaz. Do ponto de vista ambiental, o reaproveitamento de cascas contribui para a economia circular, reduzindo a geração de resíduos e a pegada de carbono. Em comparação com petiscos convencionais, o produto demonstrou ser competitivo em termos de custo e sustentabilidade. Contudo, limitações como o pequeno tamanho da amostra e o curto período de avaliação indicam a necessidade de estudos futuros mais amplos. Conclui-se que a formulação de petiscos sustentáveis para cães é uma alternativa promissora, que atende às necessidades nutricionais dos animais, reduz o impacto ambiental e pode fomentar práticas mais conscientes na indústria pet. O estudo aponta para um mercado em crescimento por produtos naturais e saudáveis, alinhados aos princípios de sustentabilidade.

This study aims to develop a sustainable dog food using vegetable byproducts, such as fruit and vegetable peels, combined with protein sources from chicken and beef liver. The proposal seeks to align animal nutrition with sustainability practices by reducing food waste and environmental impact. The research employed a quantitative approach, conducting experiments with five dogs and analyzing their acceptance and physical reactions to treats formulated with reused ingredients. The results indicated high acceptance of the treats, with 83.3% of the dogs consuming them immediately. No negative effects on behavior, feces, or breath were observed, demonstrating the product’s feasibility and safety. The formulation provided balanced nutrition, including proteins (204 g), fats (65 g), carbohydrates (132 g), and fibers (18 g), promoting canine health and well-being. Additionally, the use of natural preservatives, such as vitamin C, emerged as a safe and effective alternative. From an environmental perspective, repurposing peels contributes to the circular economy by reducing waste generation and carbon footprint. Compared to conventional treats, the product proved to be competitive in terms of cost and sustainability. However, limitations such as the small sample size and short evaluation period highlight the need for broader future studies. In conclusion, the formulation of sustainable dog treats is a promising alternative that meets the animals’ nutritional needs, reduces environmental impact, and fosters more conscious practices in the pet industry. The study highlights a growing market demand for natural and healthy products aligned with sustainability principles.