Mulher no mercado de trabalho: desafios da desigualdade de gênero

Abstract

A sociedade tem passado por diversas transformações em quase todas as áreas, seja na tecnologia, comunicação, saúde, dentre outras. Em algumas, embora as discussões tenham evoluído, estão longe da ideal, tal como a igualdade de gênero. Embora as mulheres tenham conquistado direitos ao longo dos anos, os quais antes eram assegurados apenas aos homens, ainda existe atualmente muita discriminação de gênero, principalmente no aspecto profissional, e em muitas organizações o preconceito e assédio (moral e sexual) prevalecem em relação a mulher. Diante desse contexto, a pesquisa teve como objetivo estudar mulher no mercado de trabalho e os desafios vivenciados no exercício de suas atividades profissionais. Para atingir o objetivo proposto foi elaborada pesquisa descritiva, junto a amostra de cinquenta mulheres atuantes no mercado de trabalho da região metropolitana de Campinas, interior do Estado de São Paulo. A partir dos resultados obtidos pela pesquisa, pôde-se identificar que a desigualdade de gênero ainda está presente na vida das mulheres inseridas nas diversas áreas do mercado de trabalho. Apesar da existência de legislação sobre Equidade, onde todos são iguais perante a lei, em algumas empresas esse direito existe somente na teoria, e, na prática há exclusão e dificuldades impostas pela sociedade refletem no seu dia a dia de trabalho, sendo empecilho para sua ascensão profissional ou mesmo manutenção de seus postos de trabalho, e ainda, tem sua competência questionada pelo fato de ser do sexo feminino. Sofrem assédio moral e sexual no trabalho, mas optam pela omissão da denúncia pelo receio do constrangimento e abuso de poder. Isso mostra que apesar de todos os direitos conquistados até hoje, o cenário ideal de igualdade está longe de se tornar realidade, onde todos realmente tenham igualdade, conforme escrito no Art. 461 da Consolidação das Leis Trabalhistas que menciona sobre tratamento idêntico aos trabalhadores independentes do sexo, e em seu Parágrafo 1 do Art. 5, que todos, homens e mulheres tem direitos e obrigações iguais. Ainda existe um longo caminho a ser desbravado pelas mulheres no ambiente organizacional e na sociedade em geral.

Society has undergone several transformations in almost all areas, be it in technology, communication, health, among others. In some, although discussions have evolved, they are far from ideal, such as gender equality. Although women have gained rights over the years, which were previously guaranteed only to men, there is still a lot of gender discrimination today, especially in the professional aspect, and in many organizations the prejudice and harassment (moral and sexual) prevail in relation to women. In this context, the research aimed to study the discrimination of women in the labor market and the difficulties they face in carrying out their professional activities. To reach the proposed objective descriptive research was carried out with a sample of fifty women active in the labor market in the metropolitan region of Campinas, in the interior of the state of São Paulo. From the results obtained by the research, it was possible to identify that gender inequality is still present in the lives of women inserted in the several areas of the job market. Despite the existence of legislation on equality, where everyone is equal before the law, in some companies this right exists only in theory, and, in practice, there is exclusion and difficulties imposed by society that reflect in their daily work, being an obstacle to their professional growth or even maintenance of their jobs, and still, their competence is questioned because they are female. They suffer moral and sexual harassment at work but choose not to report it for fear of embarrassment and abuse of power. This shows that despite all the rights that have been won to date, the ideal scenario of equality is far from becoming a reality, where everyone really has equality, as written in Art. 461 of the Consolidation of Labor Laws that mentions about identical treatment to workers regardless of sex, and in its Paragraph 1 of Art. 5, that everyone, men and women have equal rights and obligations. There is still a long way to go for women in the organizational environment and in society in general.