Saúde mental dos colaboradores e o papel do RH na prevenção do Burnout

Abstract

A existência de pessoas com Síndrome de Burnout dentro das empresas diz muito sobre o clima e sobre a atenção que é dada aos colaboradores. Mesmo considerando que as pessoas podem acumular responsabilidades externas ao local de trabalho, ainda assim é importante entender como a empresa pode ajudá-las a exercer suas funções nas melhores condições possíveis, evitando assim o seu adoecimento. Quando a área de RH atua de forma estratégica, pode intervir no ambiente de trabalho e realizar as mudanças necessárias, sejam elas físicas, psicológicas ou sociais, buscando maior qualidade de vida no trabalho. Além disso, os líderes podem ser desenvolvidos para atuarem ativamente na promoção do bem-estar, gerando alta performance na equipe com saúde e equilíbrio. O objetivo geral deste estudo foi conhecer a prática do RH diante da Síndrome de Burnout, identificando aquelas que mais colaboraram para a identificação da doença, o amparo, o acolhimento, a recuperação e reintegração do indivíduo. Portanto, foi realizada pesquisa qualitativa de caráter exploratório, por meio de levantamento bibliográfico em livros e artigos científicos sobre o assunto, bem como realizando pesquisa de campo buscando obter dados sobre duas perspectivas: a dos colaboradores e a da área de RH. Nesse sentido, conhecer mais sobre as tratativas adotadas, permitirá ter maior compreensão sobre o tema e maior eficiência na sua abordagem, além de trazer benefícios para as pessoas, que encontrarão empresas com práticas mais eficientes e eficazes para lidar com a Síndrome de Burnout. Os resultados indicam que uma atuação estratégica e proativa do RH, a adoção de programas de bem-estar, a capacitação dos líderes e práticas de acolhimento e suporte emocional, entre outros são eficazes na recuperação e reintegração dos colaboradores. Por fim, a intervenção estratégica do RH e uma cultura organizacional focada no bem-estar previnem o Burnout e aumentam a produtividade e satisfação no trabalho, beneficiando tanto os colaboradores quanto a organização.

Having people with Burnout Syndrome inside companies says a lot about the environment and the attention given to employees. Even considering that people can accumulate responsibilities outside the workplace, it is still important to understand how the company can help them to perform their duties in the best possible conditions, thus preventing them from becoming ill. When the HR department acts strategically, it can interfere in the work environment and make the necessary changes, be they physical, psychological or social, seeking a better quality of life at work. In addition, leaders can be developed to act actively in promoting well-being, generating high performance in the team with health and balance. The general aim of this study was to learn about HR practices in the face of Burnout Syndrome, identifying those that have most contributed to the identification of the illness, support, reception, recovery and reintegration of the individual. Qualitative research of an exploratory nature will therefore be carried out by means of a bibliographical survey of books and scientific articles on the subject, as well as field research to obtain data from two perspectives: that of the employees and that of the HR department. In this sense, knowing more about the approaches adopted will allow for a greater understanding of the issue and greater efficiency in dealing with it, as well as bringing benefits to people, who will find companies with more efficient and effective practices for dealing with Burnout Syndrome. The results indicate that strategic and proactive HR action, the adoption of well-being programs, leadership training and welcoming and emotional support practices, among others, are effective in the recovery and reintegration of employees. Finally, strategic HR intervention and an organizational culture focused on well-being prevent Burnout and increase productivity and job satisfaction, benefiting both employees and the organization.