Alimentação de pessoas com transtorno do espectro autista

Abstract

Neste artigo, procuramos abordar a seletividade alimentar em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), destacando suas causas, impactos e as diversas abordagens terapêuticas disponíveis. Analisamos o papel de diferentes profissionais, incluindo fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e dentistas, para tratar de problemas relacionados à alimentação e seus efeitos na saúde e no comportamento das crianças com TEA. Discutimos como dificuldades sensoriais, como defensividade tátil, podem levar à seletividade alimentar, resultando em problemas nutricionais, obesidade e outros desafios de saúde. Além disso, exploramos como a disbiose intestinal e a má digestão de proteínas como glúten e caseína podem estar relacionadas ao agravamento dos sintomas do autismo. Também apresentamos estratégias de tratamento, como a introdução gradual de novos alimentos, modificação de texturas, redução de estímulos sensoriais e a importância do envolvimento da família para uma intervenção eficaz. Nosso objetivo é destacar a importância da alimentação e da nutrição para pessoas com TEA, mostrando que uma dieta adequada e equilibrada pode contribuir significativamente para a melhora da qualidade de vida dessas pessoas. Com uma abordagem multidisciplinar e um foco na saúde nutricional, é possível ajudar crianças com TEA a superar desafios alimentares e promover uma vida mais saudável e plena.

In this article, we seek to address food selectivity in children with Autism Spectrum Disorder (ASD), highlighting its causes, impacts and the different therapeutic approaches available. We analyze the role of different professionals, including speech therapists, occupational therapists, nutritionists and dentists, in dealing with problems related to eating and their effects on the health and behavior of children with ASD. We discuss how sensory difficulties, such as tactile defensiveness, can lead to food selectivity, resulting in nutritional problems, obesity, and other health challenges. Additionally, we explore how intestinal dysbiosis and poor digestion of proteins such as gluten and casein may be related to worsening autism symptoms. We also present treatment strategies, such as the gradual introduction of new foods, modification of textures, reduction of sensory stimuli and the importance of family involvement for an effective intervention. Our objective is to highlight the importance of food and nutrition for people with ASD, showing that an adequate and balanced diet can significantly contribute to improving the quality of life of these people. With a multidisciplinary approach and a focus on nutritional health, it is possible to help children with ASD overcome eating challenges and promote a healthier and fuller life.