Comparação entre a radioterapia pós mastectomia e intra-operatória em pacientes com diagnóstico de câncer de mama

Abstract

Considerando dados obtidos do INCA, novos casos de câncer de mama no Brasil vêm aumentando, principalmente na região sudeste onde é mais incidente que em outros locais do país. Sendo assim, considerando as mulheres acometidas, surge a necessidade de estudos a fim de prover diagnósticos mais precisos e, conseqüentemente, uma melhor conduta perante a escolha da terapia a ser feita. A exposição à radiação ionizante é uma possibilidade de tratamento, sendo que a escolha correta do método a ser utilizado ajuda na diminuição da exposição desnecessária da paciente durante todo seu tratamento. Este trabalho tem a finalidade de comparar o tratamento radioterápico, via Acelerador Linear, em pacientes previamente mastectomizadas com aquele realizado durante o procedimento de mastectomia (radioterapia intra-operatória). Para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso foi realizada uma revisão de literatura, focando o câncer de mama e suas possibilidades diagnósticas e terapêuticas, a fim de avaliar qual a melhor modalidade de radioterapia ao câncer de mama. Para a revisão foram utilizados o acervo da biblioteca da Faculdade de Tecnologia de Botucatu e da Universidade Estadual Paulista - Campus de Botucatu, as bases de dados Scielo e Scopus e o site do Instituto Nacional do Câncer. Entre os dois métodos, com relação ao custo de cada tratamento, a radioterapia intra-operatória é mais vantajosa pelo fato de a paciente não precisar de longos períodos de idas ao hospital para poder fazer o tratamento, tornando assim mais viável para elas e até mesmo para os hospitais que poderão tratar mais pacientes. A respeito das recidivas, que têm uma grande importância para o sucesso do tratamento, não está necessariamente relacionada ao tratamento radioterápico e sim ao tipo de cirurgia feito e às margens de segurança retiradas no momento da cirurgia, demonstrado pelo fato de que cerca de 90% das recidivas acontecem muito próximas ao local do tumor primário, contribuindo mais uma vez para a radioterapia intra-operatória com uma única dose no leito tumoral. A estética final está relacionada ao tipo de tratamento cirúrgico, que é feito nas pacientes eleitas a esses métodos de irradiação das mamas. Já os efeitos colaterais são amenizados na radioterapia intra-operatória pelo fato de a irradiação ser local e em uma única dose contra a convencional que pode durar até 7 semanas de tratamento em toda a mama