O mercado da moda como alicerce sociocultural feminista e libertação feminina

Abstract

Essa monografia tem como condutor fatos importantes através da luta feminista associando-se a moda, dando espaço às mulheres na luta política para conquista de direitos. Este trabalho percorre a trajetória histórica da resistência do movimento feminista, descrevendo sua multiplicidade de vertentes e alegando a moda como principal aliada para a representação do corpo feminino, fazendo-se necessária para identificar costumes, comportamentos e expressões através das décadas, sendo uma ilustração real e com grande poder para dizer mais sobre a sociedade do que muitas outras formas de expressão. E, em toda essa galeria de representações, o feminismo não poderia deixar de se ver figurado. O trabalho tende a relatar desde a dominação masculina do mercado fashion até a ascensão feminina ganhando força, rompendo as barreiras da opressão em relação as regras ditatoriais de vestimenta, sendo um evidente obstáculo na luta pela liberdade. Chanel com seu estilo icônico, quebrou paradigmas quanto a mescla do vestuário feminino e masculino, lançando um conceito totalmente revolucionário para as mulheres durante a 1ª Guerra Mundial. Através disso, as mulheres começaram a ser inseridas no mercado de trabalho, travando manifestos e exigindo direitos em prol de uma sociedade igualitária. Assim, os nomes da Moda foram surgindo e tomando conta do mercado, como Coco Chanel, Elsa Schiaparelli, Jeanne Lanvin, Madeleine Vionnet e Donatella Versace, entre outras magnificas artistas do universo luxuoso da Moda que hoje em dia são referências mundiais em diversas áreas, trazendo versatilidade e praticidade ao dia-a-dia da mulher moderna. O feminismo também alcançou um grande pilar importante, o movimento andrógino, cultivado por grandes estilistas da Alta-Costura, também contribuiu para que a visualização da feminilidade fosse encarada de forma mesclada, fazendo parte tanto do mundo feminino, quanto do masculino, alterando os traços e formas corporais, criando visuais indefinidos ao olhar do público, inclusive abrindo portas para debates de gênero e quebra de padrões estéticos.

This monograph is guided by important facts through the feminist struggle associating with fashion, giving space to women in the political struggle for the conquest of rights. This work goes through the historical trajectory of the resistance of the feminist movement, describing its multiplicity of strands and claiming fashion as the main ally for the representation of the female body, making it necessary to identify customs, behaviors and expressions over the decades, being a real illustration and with great power to say more about society than many other forms of expression. And, in all this gallery of representations, feminism could not fail to see itself figured. The work tends to report from the male domination of the fashion market until the female ascension gaining strength, breaking the barriers of oppression in relation to the dictatorial rules of dress, being an evident obstacle in the struggle for freedom. Chanel, with her iconic style, broke paradigms regarding the mix of women's and men's clothing, launching a totally revolutionary concept for women during the First World War. Through this, women began to be inserted in the labor market, holding manifestos and demanding rights in favor of an egalitarian society. Thus, the names of Fashion were emerging and taking over the market, such as Coco Chanel, Elsa Schiaparelli, Jeanne Lanvin, Madeleine Vionnet and Donatella Versace, among other magnificent artists from the luxurious universe of Fashion who today are world references in several areas, bringing versatility and practicality to the daily life of modern women. Feminism also reached a major important pillar, the androgynous movement, cultivated by great haute couture stylists, also contributed to the view of femininity being seen in a mixed way, being part of both the female and male worlds, changing the traits and body shapes, creating undefined visuals to the public's eye, including opening doors to gender debates and breaking aesthetic standards.