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Título: Trabalhos e tecnologias: paradigmas para uma atividade humanizante
Autor(es): SILVA, Marcos Gabriel da
Orientador(es): SHAMMAS, Gabriel Issa Jabra
Tipo documental: Monografia
Palavras-chave: Trabalho;Capitalismo;Tecnologia
Data do documento: 24-Jun-2022
Editor: 002
Referência Bibliográfica: SILVA, Marcos Gabriel da. Trabalhos e tecnologias: paradigmas para uma atividade humanizante, 2022. Trabalho de conclusão de curso (Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas) - Faculdade de Tecnologia de São Paulo, São Paulo, 2022.
Resumo: A evolução da microcomputação, da automação industrial de base microeletrônica e, mais recentemente, a implantação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e da Inteligência Artificial nos processos produtivos, metamorfosearam diversos aspectos do trabalho e da vida daqueles que vendem sua força de trabalho (ANTUNES, 2018) para sua sobrevivência. Recentemente, vemos mais uma virada estrutural na morfologia do trabalho: a atividade produtiva do labor humano passa a ser intermediada por plataformas digitais e sua gestão delegada a algoritmos desenvolvidos para a maximização e acúmulo de capital. A mercantilização do trabalho humano atinge um nível de complexidade que permite que a extração de mais-valor seja realizada ora por demanda, ora de maneira permanente (DOORN e BADGER, 2021). Pela revisão bibliográfica pertinente, estudaremos como o capitalismo (re)cria uma tecnologia aplicada ao trabalho que precariza e desumaniza o ser. Para tanto, as ideias marxianas do trabalho como elemento ontológico e do seu estranhamento no modo de produção capitalista (MARX, 2004) serão os fios condutores desse estudo.4 Nesse sentido, iremos na primeira seção apresentar esses conceitos, bem como introduzir, ainda em uma perspectiva marxista, o impacto da maquinaria nos modos de vida do trabalho humano. Na segunda seção desse trabalho, abordaremos a concepção de tecnologia moderna desenvolvida por Heidegger (1977), em especial seu conceito de Enframing,5 que no nosso entender, se aproxima às ideias de estranhamento e alienação em Marx (MARX, 2004), mas sem a pretensão de tentar conciliar a tradição marxista com a fenomenologia heideggeriana. O mais próximo que chegaremos disso é a justaposição entre Enframing e estranhamento e de techné como poiesis e trabalho como autoatividade. Por fim, traremos a contribuição de Yuk Hui que, através da ideia de múltiplas cosmotécnicas ou de tecnodiversidade, nos apresenta um caminho para vivenciarmos um modo de pensamento tecnológico diverso.
URI: http://ric.cps.sp.gov.br/handle/123456789/10399
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