Segurança da informação na telemedicina: desafios e soluções para a proteção de dados de pacientes.

Abstract

A difusão da telemedicina nos anos recentes, especialmente após a crise provocada pela COVID-19, resultou em avanços significativos na área da saúde, possibilitando consultas médicas remotas e a troca de dados clínicos em plataformas digitais. Contudo, essa ampliação trouxe à tona desafios relevantes em relação à segurança da informação, levando em conta a quantidade e a delicadeza das informações pessoais e de saúde envolvidas. Este estudo visa examinar os obstáculos e as soluções que podem ser implementadas para a proteção dos dados dos pacientes na telemedicina, enfatizando os princípios de confidencialidade, integridade e acessibilidade das informações. A pesquisa é qualitativa, com uma abordagem exploratória e descritiva, baseada em revisão da literatura, análise de documentos e um estudo de caso sobre o ciberataque que afetou o Ministério da Saúde do Brasil em 2021. Os achados mostram que os principais perigos que a telemedicina enfrenta incluem ataques virtuais, falhas técnicas e erros humanos, com o ransomware sendo destacado como uma ameaça significativa. Foram reconhecidas e sugeridas boas práticas de segurança, como a utilização de criptografia, autenticação em múltiplas etapas, acesso controlado e treinamentos periódicos. A pesquisa conclui que a implementação segura e ética da telemedicina depende da harmonia entre tecnologia, legislação e a cultura organizacional, garantindo a proteção das informações e a continuidade dos serviços de saúde digital.

The spread of telemedicine in recent years, especially after the crisis caused by COVID-19, has resulted in significant advances in the health sector, enabling remote medical consultations and the exchange of clinical data on digital platforms. However, this expansion has brought to light relevant challenges in relation to information security, taking into account the amount and sensitivity of personal and health information involved. This study aims to examine the obstacles and solutions that can be implemented to protect patient data in telemedicine, emphasizing the principles of confidentiality, integrity and accessibility of information. The research is qualitative, with an exploratory and descriptive approach, based on a literature review, document analysis and a case study on the cyberattack that affected the Brazilian Ministry of Health in 2021. The findings show that the main dangers faced by telemedicine include cyberattacks, technical failures and human error, with ransomware being highlighted as a significant threat. Good security practices were recognized and suggested, such as the use of encryption, multi-factor authentication, controlled access and periodic training. The research concludes that the safe and ethical implementation of telemedicine depends on the harmony between technology, legislation and organizational culture, ensuring the protection of information and the continuity of digital health services.