Análise da influência dos conteúdos digitais na orientação de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis

Abstract

Este trabalho teve como objetivo investigar os meios de comunicação utilizados por pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e seus familiares no Brasil. A pesquisa foi embasada na revisão de estudos que abordam os meios de comunicação relacionados com pessoas que tem DCNT. A metodologia adotada incluiu uma revisão bibliográfica e a aplicação de um questionário, elaborado a partir da adaptação de outros questionários utilizados nas pesquisas bibliográficas. Os resultados revelaram que pessoas com DCNT demonstram maior preferência por canais de comunicação tradicionais, como consulta médica, esclarecimento de dúvidas com farmacêuticos e a leitura de panfletos, folhetos e cartilhas informativas dispostas em unidades de saúde e hospitais, enquanto os que não possuem DCNT. Porém seus familiares possuem e utilizam com mais frequência mídias digitais, como redes sociais e vídeos informativos. Observou-se também baixa familiaridade com tecnologias emergentes, como assistentes virtuais. Conclui-se que a comunicação relacionada à prevenção e controle das DCNT deve considerar o perfil do público-alvo, promovendo estratégias que unam os meios tradicionais e digitais, a fim de garantir a facilidade de acesso e compreensão.

The aim of this study was to investigate the means of communication used by people with chronic non-communicable diseases (NCDs) and their families in Brazil. The research was based on a review of studies dealing with the means of communication related to people with NCDs. The methodology adopted included a bibliographical review and the application of a questionnaire, drawn up by adapting other questionnaires used in bibliographical research. The results showed that people with NCDs have a greater preference for traditional communication channels, such as medical consultations, clarifying doubts with pharmacists and reading pamphlets, leaflets and information booklets available in health units and hospitals, than those without NCDs. However, their family members own and use digital media such as social networks and informational videos more often. There was also little familiarity with emerging technologies such as virtual assistants. The conclusion is that communication related to the prevention and control of NCDs should take into account the profile of the target audience, promoting strategies that combine traditional and digital media in order to ensure ease of access and understanding.