Estudo de cólera: levantamento histórico e construção de perspectivas futuras

Abstract

A Cólera é uma doença infectocontagiosa, que é transmitida através da água e alimentos que estão contaminados, ou no contágio pessoa a pessoa. Os principais alimentos já constatados como fonte de transmissão são os peixes e frutos do mar. Esta doença é mais comum em regiões com condições de higiene e saneamento precários ou inexistentes, sendo, por esta razão, muito importante a evolução da infraestrutura sanitária, a fim de evitar que uma doença, com medidas relativamente simples de controle, tenha dispersão mundial como nas sete pandemias anteriores. Segundo o Instituto Trata Brasil (PORTAL RESÍDUOS SÓLIDOS, 2016) apenas 40% do esgoto do país é tratado e menos da metade da população tem acesso à coleta adequada de esgoto, este nível é considerado muito abaixo do esperado em um país em desenvolvimento. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 4,8 milhões de crianças de até 14 anos estão expostas a riscos de doenças por residirem em lares sem estrutura de saneamento básico. A falta de saneamento pode trazer graves consequências, incluindo a morte, aumentando de forma preocupante a mortalidade infantil. Este trabalho foi elaborado através de método qualitativo, com leitura de artigos científicos, teses e notícias da imprensa, e também com questionários: um destinado para a população, disponibilizado na internet e outro destinado a profissionais que estiveram presentes na última epidemia no Brasil. Os entrevistados acreditam que o país não está preparado para novas ocorrências da cólera, ou até uma nova pandemia, considerando que a maior parte dos participantes leigos não possui conhecimento específicos sobre a doença, e que muitos não se lembram da epidemia de 1991-1996. O papel de prevenção é de suma importância, já que não é possível saber o exato momento em que irá acontecer, mas se sabe que a doença tende a aparecer após grandes desastres mundiais.