O lugar do artesanato da indústria 4.0: uma análise da atividade comercial e criação de um aplicativo para integrá-la ao e-commerce

Abstract

Na atual sociedade, fortemente industrializada e globalizada, onde os esforços empresariais parecem concentrar-se unicamente em buscar a eficiência produtiva e o lucro, o aspecto cultural da coletividade é cada vez mais deixado de lado. O avanço da tecnologia e da circulação de informações promovido pelas grandes empresas fica restrito quase que exclusivamente a elas, e os pequenos produtores acabam excluídos desta dinâmica, pela impossibilidade de acompanharem seu desenvolvimento tão acelerado. Entre os que mais padecem por conta dessa situação estão os artesãos, cujo trabalho – minucioso, artístico, pessoal e irrepetível – difere radical e essencialmente daquele desenvolvido pelas grandes corporações, que seguem os moldes da indústria 4.0 – com produtos padronizados, fabricados de forma automática e em massa. Ao mesmo tempo em que artesãos de todo o país se veem em transtornos financeiros graves na impossibilidade de competir com estes grandes negócios, pessoas de fato interessadas em seus trabalhos enfrentam dificuldade para encontrar quem os produza, uma vez que estes, muitas vezes, consistem em produtores com pouca visibilidade, concentrados em localidades específicas do território nacional. Diante deste cenário, faz-se nítida a necessidade de criar uma alternativa capaz de integrar os produtores artesanais a essa nova dinâmica de mercado, expandindo seu público e possibilidades de crescimento sem que se perca a essência de sua atividade profissional. A proposta do grupo é a criação de uma plataforma de e-commerce, denominada “iMade”, por meio da qual artesãos possam tornar seus artigos conhecidos por todo o país, tendo como apoio uma empresa que os auxilie na mediação entre eles e seus compradores.

In today's heavily industrialized and globalized society, where business efforts seem to focus solely on seeking productive efficiency and profit, the cultural aspect of the collectivity is increasingly neglected. The advancement of technology and circulation of information promoted by large companies is restricted almost exclusively to them, and small producers end up excluded from this dynamic, due to the impossibility of keeping up with this so fast development. Among those who suffer most from this situation are the artisans, whose work - meticulous, artistic, personal and unrepeatable - differs radically and essentially from that developed by large corporations, which follow the molds of Industry 4.0 - with standardized products, fabricated automatically and en masse. At the same time that artisans across the country find themselves in serious financial trouble due to the impossibility of competing with these big businesses, people who are actually interested in their work face difficulties in finding someone that produce them, since they often consist of in producers with little visibility, concentrated in specific locations in the national territory. In this scenario, there is a clear need to create an alternative capable of integrating artisanal producers to this new market dynamic, expanding their audience and possibilities for growth without losing the essence of their professional activity. The group's proposal is to create an e-commerce platform, called "iMade", through which artisans can make their items known throughout the country, with the support of a company that helps them mediate between them and their buyers.