Tratamento alternativo sem o uso do sangue

Abstract

As primeiras iniciativas para tratamentos médicos sem transfusão de sangue ganharam destaque nos anos 1960, quando o cirurgião cardíacoDr. Denton Cooley, nos Estados Unidos, realizou procedimentos de grande porte sem o uso de sangue alogênico, especialmente para atender pacientes que recusavam transfusões por motivos religiosos, princípios éticos ou de consciência.A escassez de hemocomponentes, somada a preocupações éticas e médicas, esta pesquisa teve como objetivo identificar e analisar as principais alternativas às transfusões sanguíneas, enfatizando seus benefícios, limitações e aplicabilidade na prática clínica. Foi adotado como metodologia a revisão de literatura que incluiu revisão bibliográfica, análise de protocolos hospitalares, levantamento estatístico e entrevistas com especialistas, visando ampliar o conhecimento da equipe de enfermagem e contribuir para uma assistência mais segura, eficiente e sustentável. A pesquisa destaca aspectos essenciais, como segurança do paciente, eficácia de terapias alternativas incluindo eritropoietina, ferro intravenoso e estratégias de Patient Blood Management (PBM), além dos impactos econômicos relacionados ao uso racional de hemocomponentes. Os resultados deste estudo demonstram que as estratégias alternativas — como terapias farmacológicas, o gerenciamento de sangue do paciente (PBM) e os substitutos sanguíneos — contribuem para a redução da dependência de hemocomponentes, diminuem os riscos de reações transfusionais e otimizam os recursos hospitalares ressalta-se que a capacitação contínua dos profissionais e a adoção de protocolos baseados em evidências são essenciais para consolidar essas práticas, tornando-as cada vez mais seguras, acessíveis e sustentáveis no contexto da medicina moderna e para o paciente.

The first initiatives for medical treatments without blood transfusion gained prominence in the 1960s, when the cardiac surgeon Dr. Denton Cooley, in the United States, performed major procedures without the use of allogeneic blood, especially to care for patients who refused transfusions for religious, ethical, or conscientious reasons. The shortage of blood components, combined with ethical and medical concerns, motivated further development in this field. This study aimed to identify and analyze the main alternatives to blood transfusions, emphasizing their benefits, limitations, and applicability in clinical practice. The methodology adopted was a literature review that included bibliographic research, analysis of hospital protocols, statistical surveys, and interviews with specialists, with the goal of expanding the nursing team's knowledge and contributing to safer, more efficient, and more sustainable care.The research highlights essential aspects such as patient safety, the effectiveness of alternative therapies—including erythropoietin, intravenous iron, and Patient Blood Management (PBM) strategies—as well as the economic impacts related to the rational use of blood components. The results of this study demonstrate that alternative strategies—such as pharmacological therapies, PBM, and blood substitutes—help reduce dependence on blood components, decrease the risks of transfusion reactions, and optimize hospital resources. It is emphasized that the continuous training of professionals and the adoption of evidence-based protocols are essential for consolidating these practices, making them increasingly safe, accessible, and sustainable in modern medicine and for patients.