Ampliação do acesso a imunização : estudo sobre a efetividade da vacinação em dias não convencionais

Abstract

A vacinação representa um dos maiores avanços da saúde pública, sendo responsável pela erradicação e controle de diversas doenças infecciosas ao longo da história. Desde sua criação no século XVIII por Edward Jenner, com a vacina contra a varíola, até as campanhas contemporâneas de imunização em massa, a vacina consolidou-se como ferramenta essencial para a promoção da saúde coletiva. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973, tornou o país referência mundial na oferta gratuita e universal de vacinas, garantindo cobertura para diferentes faixas etárias por meio do calendário vacinal. Personagens icônicos como o Zé Gotinha e celebridades como Xuxa Meneghel participaram ativamente das campanhas de vacinação, contribuindo para o engajamento popular e o alcance de metas. O "Dia D" de mobilização nacional é uma dessas estratégias, oferecendo a vacina de forma intensificada e em horários estendidos, inclusive em finais de semana, para aumentar a cobertura vacinal e facilitar o acesso da população. Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta uma queda progressiva nas taxas de vacinação, intensificada nos últimos anos por fatores como desinformação, hesitação vacinal e o crescimento das fake news, especialmente nas redes sociais. A desconfiança em relação à segurança e eficácia das vacinas tem sido um desafio para os profissionais de saúde e gestores públicos. Nesse contexto, ações como a PSE (Programa Saúde na Escola) têm sido fundamentais ao integrar a educação com a saúde, promovendo o esclarecimento e ampliando o acesso às vacinas entre crianças e adolescentes. Portanto, compreender a evolução histórica da imunização, os fatores culturais e sociais que impactam a adesão vacinal, e a importância de estratégias inovadoras, como a vacinação em dias não convencionais, é essencial para o fortalecimento do sistema de saúde e para a retomada da confiança da população nas vacinas.

Vaccination represents one of the greatest advances in public health, being responsible for the eradication and control of various infectious diseases throughout history. Since its creation in the 18th century by Edward Jenner, with the smallpox vaccine, to contemporary mass immunization campaigns, vaccination has established itself as an essential tool for promoting collective health. In Brazil, the National Immunization Program (PNI), created in 1973, has made the country a global reference in the free and universal provision of vaccines, ensuring coverage for different age groups through the national immunization schedule. Iconic figures such as Zé Gotinha and celebrities like Xuxa Meneghel have actively participated in vaccination

campaigns, helping to engage the public and achieve immunization targets. The "D- Day" of national mobilization is one of these strategies, offering vaccines in an

intensified manner and with extended hours, including on weekends, to increase vaccination coverage and improve access for the population. Despite these advances, Brazil has experienced a progressive decline in vaccination rates, worsened in recent years by factors such as misinformation, vaccine hesitancy, and the spread of fake news, especially on social media. Public distrust regarding the safety and effectiveness of vaccines has become a major challenge for health professionals and policymakers. In this context, initiatives such as the Health in Schools Program (PSE) have been essential by integrating education and health, promoting awareness, and expanding access to vaccines among children and adolescents. Therefore, understanding the historical evolution of immunization, the cultural and social factors influencing vaccine

adherence, and the importance of innovative strategies—such as vaccination on non- conventional days—is crucial to strengthening the health system and restoring public

trust in vaccines.