Cadeia produtiva da seda

Abstract

As origens da sericultura e da produção de seda datam do aparecimento da China como uma das grandes civilizações. A seda já era conhecida desde o meio do terceiro milênio a.C. onde o seu uso já foi comprovado. A seda é uma fibra animal, produzida por lagartas que pertencem ao gênero Bombyx. Um único filamento de seda é o produto de umas das fases do cultivo da lagarta, alimentadas com folhas de amoreiras para que ocorra a propagação do bicho-da-seda domesticado, Bombyx mori. Durante a fase de lagarta, a larva é envolvida por uma proteína liquida secretada por duas glândulas grandes em sua cabeça. Esta secreção endurece em contato com o ar. O filamento resultante é recoberto por uma segunda secreção, a sericina, que forma um invólucro sólido ou casulo. Em condições naturais, a larva rompe o casulo para se tornar mariposa. Na sericicultura, a larva é morta no casulo por vapor ou ar quente na fase de crisálida, antes de sua metamorfose. O processo de calor controlado amolece a sericina endurecida de forma que o filamento possa ser desenrolado. O filamento de seda é um filamento contínuo de grande resistência que mede de 500 - 1500 metros de comprimento. Um único filamento é muito fino para ser utilizado, Por esse motivo, na produção são combinados vários filamentos com uma leve torção. Este processo é conhecido como "silk reeling" (seda bobinada, enrolada em carretéis). A seda é um nobre artigo têxtil, embora seu volume represente menos de 1% do mercado para fibras têxteis naturais (Tabela 1). A demanda internacional de seda de alta qualidade multiplicou. Técnicas de secagem dos casulos e operações de bobinagem são vitais para prover uma seda de boa qualidade. Embora novas tecnologias sejam aplicadas nos principais países produtores na Ásia, muitos países que recentemente instalaram esse tipo de indústria, tido como produtores não tradicionais, não utilizam métodos que asseguram uma seda de alta qualidade para exportação.