Logística reversa: aplicada no descarte de formas plásticas para calçados na cidade de Franca -SP

Abstract

Milhares de pares de calçados são produzidos diariamente em Franca. Consequentemente, a demanda por formas plásticas é cada vez maior, uma vez que as empresas precisam sempre estar inovando e aplicando novos modelos de formas diferentes das existentes para sobreviverem em um mercado cada vez mais competitivo. Isso gera um grande volume de formas descartadas, que se forem destinadas de forma incorreta podem causar um impacto ambiental negativo. Dessa forma torna-se necessário descartar, reciclar, reutilizar formas plásticas, conscientizando as empresas sobre os riscos ao meio ambiente, bem como implantar uso da metodologia logística reversa nesse processo. Neste contexto, o objetivo do trabalho é propor a logística reversa no descarte de formas plásticas para calçados na cidade de Franca. A proposta é rastrear o tempo de utilização das formas plásticas nas empresas de calçados e seu destino após a obsolescência, identificando de forma quantitativa o volume de formas plásticas usadas que retornam aos seus produtores de origem. O trabalho foi realizado a partir da revisão da literatura, descritivo e posteriormente pesquisa de campo exploratória, com aplicação de questionários e análise quali-quantitativa. Os resultados demonstram que 90% das empresas têm interesse no meio ambiente e que é fundamental procurar alternativas em relação à sustentabilidade. Quanto a fabricar produtos que respeitam o meio ambiente, dos produtores de calçados 67% nunca pararam para pensar nisso. Em relação às formas, as empresas analisadas utilizam o polietileno como única matéria prima, sendo 100% reciclado, tanto os resíduos gerados nos processos produtivos, quanto às formas plásticas usadas. Com base ao levantamento de dados às empresas não aplicam o processo de logística, além de identificar uma crise no mercado de formas plásticas por empresas de outros segmentos. Favorecer uma política interna no mercado de formas, criarem soluções e promoções para um processo logístico reverso são caminhos.

Proposal for Reverse Logistics in the Disposal of Plastic Shoe Lasts in the City of Franca Thousands of pairs of shoes are produced daily in Franca. As a result, the demand for plastic shoe lasts is increasing, since companies must constantly innovate and develop new models to remain competitive in a demanding market. This scenario generates a large volume of discarded lasts which, if not properly disposed of, can cause negative environmental impacts. Therefore, it is necessary to adopt practices for the disposal, recycling, and reuse of these plastic lasts, as well as raise awareness among companies about environmental risks. Implementing reverse logistics methodology in this process is essential to promote sustainability in the sector. In this context, the objective of this study is to propose the implementation of reverse logistics for the disposal of plastic shoe lasts in the city of Franca. The proposal includes tracking the usage time of the lasts in shoe companies and their destination after becoming obsolete, aiming to quantitatively identify the volume of used lasts that are returned to their original manufacturers. The research was developed based on a literature review, a descriptive approach, and later exploratory field research through questionnaires and qualitative-quantitative analysis. The results show that 90% of the companies surveyed are concerned about the environment and recognize the importance of seeking sustainable alternatives. However, 67% of shoe manufacturers have never considered producing environmentally friendly lasts. All the analyzed companies use recycled polyethylene as the sole raw material—both for waste generated during the production process and for discarded plastic lasts. Despite using recycled material, the data indicate that companies do not apply reverse logistics processes. Furthermore, a crisis in the plastic last market was identified, caused by competition from companies in other sectors. Therefore, promoting internal policies within the industry, seeking collaborative solutions, and developing incentives and programs focused on reverse logistics are viable paths to make the process more sustainable and competitive.