Desafios e estratégias de crescimento de ONGs de pequeno porte no resgate e reabilitação animal

Abstract

As cidades, ao se tornarem cada vez mais populosas, enfrentam uma série de desafios relacionados à sustentabilidade ambiental, sanitária e econômica. Entre esses desafios está o aumento significativo do número de animais abandonados nas ruas, problema que afeta não apenas a segurança e o bem-estar dos próprios animais, mas também a saúde pública e a qualidade de vida urbana. Cães e gatos, que representam uma grande parcela desses animais, podem contrair e transmitir doenças, além de sofrerem com fome, frio e maus-tratos. Diante dessa problemática, emergem as organizações não governamentais (ONGs) de resgate e reabilitação animal, cujo papel é fundamental na mitigação deste cenário. O presente estudo investigou as dificuldades enfrentadas pela ONG “Amapatas” no desenvolvimento de suasatividades de resgate, reabilitação e adoção de animais abandonados. A ONG enfrenta desafios em diversas frentes, que dificultam a continuidade e a expansão de suas atividades, como por exemplo, animais em condições de saúde precárias, que demandam cuidados médicos urgentes, como vacinas, tratamentos, castrações e, em alguns casos, cirurgias. Entretanto, o custo elevado dos serviços veterinários é um obstáculo, especialmente considerando que a ONG depende majoritariamente de doações e trabalho voluntário. Também foram propostas estratégias para ampliar a visibilidade da organização e fortalecer sua relevância na causa ambiental e social. Foi adotada uma abordagem exploratória, com a utilização de estudo de caso e revisão bibliográfica, baseando-se em fontes primárias, como artigos científicos, além de dados coletados por meio de entrevistas e pesquisas qualitativas.