Desafios e práticas na inclusão de surdos no ensino tecnológico.

Abstract

O acesso à educação, saúde, trabalho e lazer é um direito de todo o ser humano. Assim, os surdos ao terem uma aprendizagem desde o ensino fundamental e médio, podem visar melhores condições de vida e participação ativa na sociedade, bem como uma formação que os qualifiquem com competitividade para o mercado de trabalho. Neste ponto, de acordo com os dados do (INEP, 2018) no que tange a matricula de surdos no ensino superior, uma quantidade cada vez mais expressiva de surdos passam a participar da vida acadêmica e atualmente estão também presentes dentro das instituições de ensino superior tecnológico. Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo compreender e analisar, os desafios e práticas inclusivas de surdos no ensino superior tecnológico. Para tanto, inicialmente elaborou-se um levantamento bibliográfico, que concedesse ao presente trabalho preceitos teóricos para a análise dos resultados, na sequência, realizou-se uma pesquisa de ordem qualitativa, na Faculdade de tecnologia do estado de São Paulo (FATEC) na unidade de Pindamonhangaba. O método utilizado para a coleta de dados, foi de entrevistas por meio de questionários, aos principais personagens envolvidos no processo de ensino e aprendizagem de surdos, sendo ao todo: sete professores; dois intérpretes de Libras vinte e sete colegas de classe ouvintes e três alunos surdos. Diante dos dados levantados, constatou-se que a referida unidade de ensino tecnológico, tem cumprido as leis vigentes no se refere ao oferecimento de acessibilidades aos alunos com surdez. No entanto, a fim de que haja efetivamente inclusão escolar, verificou-se que mais práticas inclusivas precisam ser elaboradas no ambiente de aprendizagem e na prática docente. Também, contempla-se no presente trabalho, a exposição de algumas conclusões e reflexões que desencadearão nos leitores o desejo de realizar novas e mais aprofundadas pesquisas, sobre esta temática de tamanha importância para uma sociedade progressiva.

Access to education, health, work and leisure is a right of every human being. Thus, the deaf, having been taught since elementary and secondary education, they can aim at better living conditions and active participation in society, as well as training that will qualify them with competitiveness for the labor market. At this point, according to the data of the INEP (2018) regarding the enrollment of deaf people in higher education, an increasing number of deaf people are now taking part in academic life and are now present within higher education institutions technological development. Therefore, the present work aims to understand and analyze the challenges and inclusive practices of deaf people in technological higher education. For this purpose, a bibliographical survey was initially prepared, granting to the present work theoretical precepts for the analysis of the results, in the sequence, a qualitative research was carried out at the Faculty of Technology of the state of São Paulo (FATEC) in the unit of Pindamonhangaba. The method used for the data collection was from interviews through questionnaires to the main characters involved in the teaching process and learning of the deaf, being in total: seven teachers; two Libras interpreters twenty-seven classmates hearers and three deaf students. In view of the data collected, it was verified that this unit of technological teaching, has complied with the laws in force regarding the provision of accessibility for deaf students. However, in order to have effective school inclusion, it has been found that practices that are more inclusive need to be developed in the learning environment and in teaching practice. In addition, we contemplate the present work, the exhibition of some conclusions and reflections that will trigger in readers the desire to undertake new and more in-depth research, on this subject of such importance for a progressive society.