A gestão de pessoas na área pública e o absenteísmo: um estudo estatístico na problemática na área de saúde atenção básica no município de Americana

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento estatístico do absenteísmo dos trabalhadores da área de saúde com um recorte da Atenção Básica de Saúde no ano de 2016 no município de Americana/SP. Secundariamente, este trabalho visa fornecer dados quantitativos para uma avaliação dos gestores quanto à classe profissional que mais apresentou atestado no período analisado bem como o CID (Classificação Internacional de Doenças) mais apresentado para uma futura construção de estratégias para reduzir o absenteísmo e valorizar os trabalhadores da saúde com medidas preventivas, curativas e reabilitadoras dos profissionais acometidos. Trata-se de um levantamento estatístico a partir da coleta dos dados de atestados apresentados que estão registrados no RH (Recursos Humanos) da Secretaria de Saúde do município de Americana/SP nos meses de abril, maio, junho, julho e agosto de 2016. Fazem parte do levantamento afastamentos por licença para tratamento de saúde, realização de exames, acompanhamento de familiares, entre outros que impossibilitaram a presença do trabalhador na unidade de saúde. São analisados somente profissionais que atuam somente na AB (Atenção Básica), sendo que os mesmos tem carga horária que varia entre 20, 30 e 40 horas semanais de acordo com a função e regidos por regime da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) ou Estatutária. No período analisado, o número de profissionais que atuavam na AB era de 487. A categoria de enfermagem correspondeu ao maior índice de absenteísmo, seguido dos profissionais da odontologia. A principal causa do absenteísmo ficou relacionada com o CID 10 (Classificação Internacional de Doenças) o afastamento por doenças mentais. O tema Absenteísmo apresenta grande relevância uma vez que o indivíduo passa mais tempo no trabalho que em convívio com a sociedade e este pode não somente ser local para realização profissional, mas pode ser causador de adoecimento acometendo a saúde mental que pode ser só insatisfação até o esgotamento físico e emocional. Seu impacto é de extrema relevância uma vez que prejudica o serviço de atendimento ao usuário e demais serviços prestados, onera os cofres públicos e a previdência, mas sobre tudo prejudicando a qualidade de vida dos profissionais